Com o objetivo de lançar luz sobre as crianças deficientes, dar visibilidade aos seus direitos e necessidades, promover a interação social e acabar com o preconceito, o projeto “Toda Criança é Especial”, idealizado pela fotógrafa Andréa Leal, traz como foco crianças com necessidades especiais. Criada em 2017, a iniciativa tem a ideia de mostrar que toda criança é única, especial e precisa ser cuidada, respeita e feliz.

Justificativa

De acordo com dados do IBGE, cerca de 23% dos brasileiros são portadores de alguma deficiência e estima-se que, ao menos, 7,5% das crianças (até 14 anos de idade) têm uma deficiência diagnosticada. Apesar do número alto de pequenos cidadãos, a inclusão social é a grande barreira para a plena vivência de uma infância digna e feliz. Como toda criança, a portadora de deficiência precisa de amor, atenção, cuidados e proteção. Precisa também brincar com outras crianças para aprender e se desenvolver, tem direito a frequentar a escola, que é proibida de recusá-la pelo fato de ser deficiente. O que mais atrasa o desenvolvimento de uma criança com deficiência é mantê-la isolada ou tratá-la de forma diferente. É importante que a família conheça outras famílias com crianças com deficiência para que possam trocar suas experiências e lutar pelos direitos de seus filhos.

O compromisso internacional de construir sociedades mais inclusivas resultou em melhorias na situação de crianças com deficiência e suas famílias. De acordo com o relatório do Unicef sobre a Situação Mundial de crianças com deficiência, a invisibilidade é um dos graves entraves e está na origem de muitas das privações enfrentadas por crianças com deficiência, e perpetua essa condição. A comunidade de pesquisa vem trabalhando para dar maior visibilidade às crianças por meio do aprimoramento da coleta e da análise de dados, mas é preciso fazer mais.

Sem uma mudança de atitudes, pouca evolução ocorre na vida de crianças com deficiência. A ignorância sobre a natureza e as causas da deficiência, a invisibilidade das próprias crianças, a atitude grave de subestimar seu potencial e suas capacidades, e outros empecilhos à igualdade de oportunidades e de tratamento conspiram, em conjunto, para silenciar e marginalizar as crianças com deficiência. incluir a deficiência no discurso político e social pode contribuir para sensibilizar os tomadores de decisões e os provedores de serviços, e demonstrar à sociedade em geral que a deficiência faz parte da condição humana. Não há como superestimar a importância de envolver as crianças com deficiência. Preconceitos podem ser reduzidos por meio da interação, uma integração que beneficia a toda a sociedade.

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2017